2Pe 1. 1-11)
A vida Cristã é semelhante a uma escada, onde começamos pelo primeiro
degrau, e, temos que chegar ao seu topo. Hoje estudaremos exatamente
isso. Veremos em que degrau nós nos encontramos nessa escalada rumo à
confirmação de nossa vocação em Cristo Jesus (1Pe 1. 10).
NOTAS PRELIMINARES
1. O apóstolo Pedro não fala a qualquer um. Ele se dirige aos que
receberam uma fé igual a dele, que ele mesmo define como preciosa
(valiosa – NVI), pela justiça de nosso Deus e Salvador Jesus Cristo. Uma
fé de resultado, eficiente;
2. O Senhor nos deu tudo o que necessitamos para esse crescimento (1.3).
“Nos deu tudo o que diz respeito a vida...”. Assim com em uma semente
de uma rosa, está contido tudo o que será de fato a rosa em todo o seu
resplendor, como: Tamanho, cor, fragrância, etc. Também, a semente da
fé, contém tudo o que a vida cristã necessita. Por isso mesmo Judas
manda batalhar pela fé que uma vez foi dada aos santos (Jd 1.3).
OS DEGRAUS DA ESCADA CRISTÃ
1. O primeiro degrau é a fé pessoal (Ef 2.8,9; Hb 11.1);
2. O segundo degrau é a virtude, que nada mais é que a bondade moral (Gl
5.22; Fl 4.8);
3. O terceiro degrau é ciência, conhecimento, que é a palavra chave
dessa epístola (1.3,5,6,8;2.20;3.18). É um pleno discernimento do
conhecimento de Deus (Ef 1. 16-19; 3. 14-19). O crente que descobre isso
deixa qualquer querela pessoal com seu irmão e até com um incrédulo,
para não perder o que recebeu de Deus (Fl 3.8);
4. O quarto degrau é a temperança = domínio próprio ou continência (Gl
5.22);
5. O quinto degrau é a paciência = perseverança, esperançoso (Sl 40.1;
1Co 15.58; Hb 10.36-39; Tg 1.3,4). Seguir a Cristo mesmo que custe a
própria vida (2Pe 2.21; Mt 24.13; Ap 2.10);
6. O sexto degrau é a Piedade = Devoção única a Deus. Querer ser
parecido com Deus (2Pe 1. 4; 1Tm 4,7,8; 6.3,5,6; Tt 1.1). Adorar a Deus
com uma vida santa, sem desejar nada em troca. Não querer barganhar com
Deus (1Tm 6.5);
7. O sétimo degrau é o amor fraternal = fraternidade. Comunhão e amizade
com os santos (1Pe 1.22). Amor entre os irmãos (Rm 12.10; 1Ts 4.9; He
13.1);
8. O oitavo e último degrau é a caridade = amor ágape. O fim ou o auge
do crescimento espiritual (1Co 13.13; 4.21; Cl 1.13; 2Co 13.13).
a. Apesar de estar listado por último, quanto à importância ocupa o
primeiro lugar. O amor é a fonte de todas as demais virtudes, cumprindo a
total moralidade da lei (Rm 13.10).
b. Aquele que pisa esse degrau descobre a real motivação da vida cristã
(2Co 5.14), e, que produz nele: 1. Uma nova ambição (2Co 5. 15); 2. Uma
nova visão dos outros (2Co 5.16); 3. Uma nova criação (2Co 5.17).
c. O amor consiste do interesse e da preocupação pelos outros, assim
como cuidamos de nós mesmos; é o egoísmo transmutado em altruísmo. O Pai
e o Filho são os grandes exemplos de como funciona o amor (Jo 3.16;
15.13). Ele nos amou quando éramos ainda inimigos, pecadores (Rm
5.8-10).
A NECESSIDADE DE SUBIR ESSES DEGRAUS
1. Alguns males na vida de quem não sobe esses degraus: (2Pe 1.9).
a. Pisa apenas no âmbito terreno, natural, humano, (1Co 2.14; Tg
3.14-16; 4.1-4);
b. Somente vê as coisas da terra. Miopia espiritual (Ef 1.17,18; Fl 3.
18,19; Ap 3.18c).
c. Torna-se esquecido da purificação de seus próprios pecados. O
esquecimento daquilo que Deus fez por nós é um problema sério. Muitos se
esquecem de onde saíram (Sl 40.2). Esquecem-se de que receberam dons de
Deus (1Tm 1.6). Trocam Jesus por riquezas, assim como Judas Escariotes
(Lc 22. 3-6; 1Tm 6.9,10). Se tornam: “...nuvens sem água, levadas pelos
ventos de uma para outra parte: São como árvores murchas, infrutíferas,
duas vezes mortas, desarraigadas” (Jd 1.12).
2. Sem essa escalada torna-se impossível a frutificação cristã (2Pe 1.
8): “Porque essas coisas, existindo em vós e em vós aumentando, fazem
com que não sejais inativos, nem infrutuosos no pleno conhecimento de
nosso Senhor Jesus Cristo”. (Jo 15. 2,16). Devemos subir nessa escada
para contemplar as alturas de Deus (1Co 2.9; Tg 3.13,17).
3. Essa escalada confirma a cada dia nossa vocação e eleição (2Pe 1.10).
Uma fé inativa (Morta, Tg 2.17), conhecimento infrutífero, cegueira
espiritual e esquecimento da purificação, desmentem a nossa vocação (Mt
7.21-23). Aqui o autor sagrado assume claramente a posição arminiana no
tocante à eleição e à segurança. Ele diz que a segurança de nossa
vocação depende da cooperação humana.
Estamos dispostos a escalar os degraus da santidade?
Pr Daniel Nunes – presidente e servo de todos
Fonte: Pr Damil Nunes
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